domingo, 10 de abril de 2011

Célula procariótica


As células procarióticas são características dos organismos dos Domínios Bacteria e Archea, razão porque estes são designados procariontes. Os organismos procariontes são unicelulares mas muitos deles formam colónias de forma linear ou em pequenos grupos.
As células procarióticas são geralmente menores que as eucarióticas, variando entre 0,25x1,2 um e 1,5x4 um. Por este motivo, embora visíveis ao M.O.C., a sua substrutura apenas pode ser estudada ao M.E. 
Este tipo de célula não apresenta compartimentos membranares no seu interior, ao contrário das células eucarióticas, estudadas a seguir. Apesar de serem estruturalmente mais simples que as eucarióticas, as células procarióticas são funcionalmente complexas, sendo capazes de realizar milhares de transformações bioquímicas.  
Estrutura de um procarionte
Todas as células eucarióticas apresentam as mesmas características básicas:
  • membrana citoplasmática - envolve a célula e regula a entrada e saída de materiais, separando-a do seu meio ambiente; 
  • nucleóide - região da célula onde se localiza o material hereditário (DNA), não rodeada por membrana; 
  • citoplasma - todo o interior da célula, com excepção do nucleóide. É composto por duas partes, uma solução aquosa - citosol - com iões dissolvidos e biomoléculas e partículas insolúveis como os ribossomas; 
  • parede celular - localizada no exterior da membrana citoplasmática , tem uma rigidez que dá suporte à célula e determina a sua forma. A parede celular da maioria das bactérias (mas não das arqueobactérias!) contém peptidoglicanos, um polímero de açucares aminados, ligados entre si por pontes de hidrogénio de modo a formar uma gigantesca molécula em volta da célula. Em algumas bactérias existe uma membrana externa, formada por uma camada de fosfolípidos rica em polissacáridos (tal como a membrana citoplasmática, embora esta membrana não actue como uma barreira selectiva e os seus polissacáridos possam causar doenças); 
  • cápsula - localizada por fora da parede celular, nem sempre existe. A cápsula é uma estrutura mucosa, composta principalmente por polissacáridos. Este revestimento externo é uma das principais causas de resistência das bactérias, nomeadamente ao ataque dos glóbulos brancos do sistema imunitário de animais que infectam. A cápsula protege da desidratação e pode mesmo aderir a outras células que a bactéria ataca, impedindo-as de fugir. A cápsula não é essencial à vida da célula pois, para além de existirem bactérias que não as produzem, esta pode sobreviver se a perder. 
Algumas bactérias são fotossintéticas (cianobactérias) apresentam pregas e dobras da membrana citoplasmática que formam um sistema membranar - lamelas fotossintéticas - contendo bacterio-clorofila e outros pigmentos necessários à captação da energia luminosa. 
Outros grupos de procariontes apresentam outro tipo de estruturas membranosas designadas mesossomas, cuja função pode estar relacionada com a divisão celular ou com a produção de energia. Tal como as lamelas fotossintéticas, os mesossomas são dobras da membrana citoplasmática e nunca dela se libertam (não são organitos livres no citoplasma, como os das células eucarióticas).
Por vezes as bactérias deslocam-se com a ajuda de apêndices designados flagelos.

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